A criopreservação de espermatozoides é o congelamento desses com o intuito de os preservar para uso em momento oportuno. A criopreservação segue três passos: obtenção do material, preparo e vitrificação.

Obtenção do material: os espermatozoides a serem criopreservados, geralmente são obtidos por masturbação. Nos casos em que o paciente não consegue ejacular, ou o número de espermatozoides no ejaculado é muito pequeno ou ausente, podemos lançar mão de técnicas cirúrgicas ou microcirúrgicas e captar o material diretamente no testículo ou no epidídimo.

Preparo do sêmen: após coletado o sêmen é processado. Nesse processamento os espermatozoides são separados do plasma e de restos celulares. Em seguida, através de técnicas de laboratório, os melhores espermatozoides são selecionados para preservação.

Vitrificação: esse é o último passo da criopreservação. Os espermatozoides selecionados são expostos a um pequeno volume de crioprotetor. O crioprotetor é uma substância que impede a formação de cristais de gelo dentro da célula, pois a formação desses cristais poderia as destruir. Em seguida em uma velocidade ultra rápida de resfriamento, os espermatozoides são vitrificados (congelados) e armazenados em nitrogênio líquido a 196 °C negativos.

A criopreservação de espermatozoides é indicada nas seguintes situações:
– Antes de tratamentos que possam comprometer a produção de espermatozoides, como quimioterapia, radioterapia e cirurgia de testículos ou próstata
– Pré-vasectomia (intuito de preservar a fertilidade masculina)
– Após infecções virais que possam comprometer a função testicular (caxumba)
– Doenças degenerativas
– Baixa concentração de espermatozoides
– Casos de varicocele que possam comprometer a espermatogênese
– Profissão de risco (mergulhadores e atletas de alta performance)
– Exposição a agentes químicos, agrotóxicos e radiação
– Disfunção erétil

Assim que o individuo sinalizar que chegou o momento oportuno, os espermatozoides podem ser descongelados para serem usados na Reprodução Assistida.